sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Quantas indecisões
Quantas questões
Bombardeados por aqueles fetos indesejados
O que fazer?
O que pensar?
Porque andar?
Seria bom amar?

...

Nos machucamos pra viver
Mutilação contínua
Esperamos o amanhã com tal vontade
Que some como uma simples sensação de gozar

Os dias se repetem
As noites são breves
Rotina, rotina, rotina, rotina...
-Se exploda! Vire mil pedaços de desgosto próprio!
Prove do amargo de teus desejos
Desfeitos
Do amargo de tua alma pedindo vida
Do amargo de teu peito cheio do mundo...

O que me importa
Se vai ser na bebida
No cigarro
No brilho da faca
Nos gritos
Na rua
Na briga
Na droga
Ou dama da noite
Que vou matar minhas magoas
Que vou arrancar essa dor

Se ao seu olhar
Já fico hipnotizado
Se em suas mãos
Já viro marionete
E ao toque de sua boca
Já perco o rumo da vida
O que mais iria querer pra mim...
Se não você?

Chega de desculpas
Quero acerta ao menos uma vez
Não consigo te vê assim
Quero arranca isto de você
Mas não é tão fácil assim
A morte é só um detalhe
Se for tua vontade
Que seja feita
Sofrimento é só uma questão de tempo e
Em alguma noite fria
Vai passar...
Vai...
Passar...

Porque tão perfeita?
Porque tão bela?
Porque tão minha?
Porque?
Porque tão ela?
Porque tão sedutora?
Porque tão nós?
Porque de nós?
Porque de tudo?

Se aqueles que não amam
Arrancarem minha cabeça
Ela estara pensando em você
Mesmo que arrancarem meu coração com a faca
Ele bateria por você
E se arrancassem meus olhos
Eu só iria querer que você fosse minha última  visão
Meu último pensamento
Minha última gota de sangue

quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Sorrisos sobre a mesa
Palavras entre copos
E nossa felicidade exaltada
Meus dedos
Brincavam ao meio de suas genitais
Sua língua
Se soltava em meu falo
Os gemidos voavam aos quatros ventos
Nosso prazer tocava o céu
E seu orgasmo meu coração

Daniel Donatelli

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Meu bairro, minha cidade, meu país

Crianças
Brincam na rua
As vizinhas
Fofocam pelas janelas
Os gatos
Se arranhão nos telhados
Os cachorros
Latem pros carteiros
Os garotos
Na boca pra se perder
As garotas
Aos tapas com os amantes, vai entender?
A polícia
Invade e mata sem um por quê
As mães
No batente pra tenta viver
Os pais
Foram embora quando éramos um bebê
O que nos resta é crescer, viver, adoecer e depois morrer

Sem o tal futuro que prometi a minha mãe
Quando não tínhamos o que comer
Quando não tinha mais como viver
Quando o governo dizia que podíamos viver...

Este é meu bairro, minha cidade, meu estado, meu país e meu mundo, más não o meu universo...

Daniel Donatelli

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

O ciúmes vem dos dois lados
Um mais aberto
Outro mais fechado
Mas com o mesmo pensamento
O medo de perde
O medo de se perde sem o outro

Este medo
Tão infeliz
E tão importuno
E tão insuportável

Não quero fica sem você no meu escuro
Não quero pensa longe de você

Daniel Donatelli

Onde morava o sorriso
Agora reina a lágrima
Barreiras são construídas
Mas iremos destruí-las
Aquele sonho feliz ao teu lado
Será realizado
Tuas lágrimas secarei todas
Para que um dia esses olhos brilhem de alergia
Livre de mim
Tão cedo não vai está
Ao seu lado
Sempre estarei
Um problema ambulante
Jamais será
Um poço de amor irá ser
E dessa água sempre irei beber
E de mais nenhuma
Você é meu poço
Só você mata minha cede

Daniel Donatelli