sexta-feira, 25 de abril de 2014

Com o corpo anestesiado
Pela fadiga

Com a cabeça atordoada e
O peito cheio de tudo e de todos

Com meus olhos implorando para serem fechados

Com meu espírito perdido no mundo
Que estou preste a engolir

A brisa da noite
A escuridão do céu
O som grave da música
As ruas macias
Os calas frios
Já não me agradam mais como tempos atrás

E meu suor
Escorre sem valor
Como se fosse uma garoa passageira

Daniel Donatelli

quarta-feira, 16 de abril de 2014

O brilho da faca
É tão atraente no escuro
Onde busco refúgio

O calor da morte
É tão acolhedor em um dia chuvoso
Quando busco alvoroço

Os momentos e
O gosto do beijo eu guardo
Dentro do armário

Lembranças eu vivo
Isso se torna essencial
Para o bom convívio

O sangue corre
Meus dedos caminham
Num corpo
Onde encontrarei minha razão


Daniel Donatelli

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Lá vem chuva
Venha chuva
Fica na chuva
Não me assusta
Não seja bruta
Limpe, chova
Lave o bicho
Espante o iludido
E me traga aquele alívio!

- santo domingo

Daniel Donatelli

quinta-feira, 10 de abril de 2014

Já pensei em ir
Já pensei em vir
Imaginei o horizonte
Mas deixei fluir
Já pensei em esquecer
O que não consigo ver
Vivo apenas como um ser qualquer
Que não sabe o que quer
Repleto de desgosto
Do que o tempo lhe trouxe

Daniel Donatelli


-Voltando a escreve