Coloque seus dedos na alegria
A boca na felicidade
E teu falo no orgasmo
Apenas suspiros
E estalos
De nossos corpos em contado
A escuridão escondia
Nossa tentação
Nossos pecados
Nossos delírios
Nossos gemidos
Daniel Donatelli
Coloque seus dedos na alegria
A boca na felicidade
E teu falo no orgasmo
Apenas suspiros
E estalos
De nossos corpos em contado
A escuridão escondia
Nossa tentação
Nossos pecados
Nossos delírios
Nossos gemidos
Daniel Donatelli
Teu braço
Teu coração
Teu peito
Tuas mãos
Teu corpo
Tua mente
Tua vida
Tua sina correndo sobre este fio
Seu ouro prateado
Mas não o meu
Meu ouro não é materializado
Mora dentro de mim
Mora naqueles olhos
Naquele sorriso
Naquele abraço
Naquele beijo de amor incansável
Daniel Donatelli
Uma garota muito diferente de qualquer outra
Interessante e bastante instigante
Nem ai pra este mundo
Só se importa com o seu mundo
Ciumenta com seus apegos
Desapegada com as sombras dos cantos
Preocupada até com o fio de cabelo que caí
Determinada no que quer
Não retruque
Por que será atropelado por esta mulher
Vai atrás com unhas e dentes
E até com as mãos quentes
Sem ressentimentos
E sem segredos aos olhos de quem te conhece
Ajuda Deus e o Diabo
Mas cuidado
Não brinque com esta mulher
Caso queira continuar em pé
Seu carinho e afeto
Toques leves delicados
São perfeitos para aquele apaixonado
Guria com grande sabedoria
Com a felicidade imensa que contagia
Daniel Donatelli
Pequena japonesa
Guria dos olhos puxados
Do beijo de mel
Dos sorrisos apaixonados
Do coração roubado
Do peito aberto
Para seu amado
Garota ousada
De um rumo sem fim
Onde será este fim?
Será que terá fim?
Seus toques nada arrepiantes
Bem instigantes
Um olhar penetrante
Que te arranca suspiros a qualquer instante
Jeito sensual
Daqueles que lenvanta mais que um mero astral
Sua cabeça vai ao delírio
Enquanto isso escuta os teus gemidos
Gemidos suaves
E tímidos
Ao pé de seus ouvidos
Fazendo teu ar fugir sem pressa
E sem vestígios
Daniel Donatelli
Sinta a tranquilidade do verde
A felicidade na agulha em tuas veias
A adrenalina no cristal em seu nariz
A cruz é queimada lá fora
Os padres imploram pelo inferno
O céu caiu
As bruxas estão em tua cama
Seus dedos tocam a frieza da vida
Suas mãos carregaram os pedaços do mundo
Seu coração já não existe
Sua cabeça viaja pelos sonhos esquecidos
Seu corpo banhado de sangue dos mortos em guerras
Suas costas segura os sentimentos do mundo
O sol não bate mais em tuas janelas
Sua noite não existe lua
Tua vida é escuridão
Teu caminho podridão
Daniel Donatelli
Tal sentimento não tem explicação
Nem comparação
O seu tamanho é inimaginável
Simplesmente acontece
Surge como a brisa de verão
Bagunça sua cabeça
Completa teu coração
Espanta a solidão
Traz apreciação por aquela mulher
Que sabe bem o que quer
E ela quer o teu coração
Ela quê tua felicidade em suas mãos
Sua vida no peito de um passarinho
Voando entre seu sorriso
Daniel Donatelli
Aos seus gemidos
Sinto teu gozo em meus dedos
Escorrendo quente e devagar
Mas bem que poderia ser em minha língua
Nada mais prazeroso do que te vê realizada
De te fazer sentir desejada
Saciada
Nem precisa falar
Vejo isto em teus olhos
Olhos que me deixam louco
Quando se reviram de prazer
Seu suor agora mora em meus lençóis
E você em meu coração
Descobri cada pecado que se escondia em suas curvas
E em cada suspiro seu
Nunca me senti tão realizado por uma vagina
Por uma mulher
Por um amor
Daniel Donatelli
Ao escuro com meus demônios
Silêncio é o meu parcerio
Garrafa vazia de gritos
Copo cheio de pensamentos importunos
Guerra de facas sobre a mesa
Pinga, com mel e limão
Acalma meu peito
Matanza aos ouvidos
Sorriso estampado e o olhos a brilhar
Noite de chuva
Lembranças escorrem pelo chão
Saudades daqueles olhos de menina
Um cigarro
Um trago
Um piscar
E você na cabeça
Daniel Donatelli
Quantas indecisões
Quantas questões
Bombardeados por aqueles fetos indesejados
O que fazer?
O que pensar?
Porque andar?
Seria bom amar?
...
Nos machucamos pra viver
Mutilação contínua
Esperamos o amanhã com tal vontade
Que some como uma simples sensação de gozar
Os dias se repetem
As noites são breves
Rotina, rotina, rotina, rotina...
-Se exploda! Vire mil pedaços de desgosto próprio!
Prove do amargo de teus desejos
Desfeitos
Do amargo de tua alma pedindo vida
Do amargo de teu peito cheio do mundo...
Crianças
Brincam na rua
As vizinhas
Fofocam pelas janelas
Os gatos
Se arranhão nos telhados
Os cachorros
Latem pros carteiros
Os garotos
Na boca pra se perder
As garotas
Aos tapas com os amantes, vai entender?
A polícia
Invade e mata sem um por quê
As mães
No batente pra tenta viver
Os pais
Foram embora quando éramos um bebê
O que nos resta é crescer, viver, adoecer e depois morrer
Sem o tal futuro que prometi a minha mãe
Quando não tínhamos o que comer
Quando não tinha mais como viver
Quando o governo dizia que podíamos viver...
Este é meu bairro, minha cidade, meu estado, meu país e meu mundo, más não o meu universo...
Daniel Donatelli
Onde morava o sorriso
Agora reina a lágrima
Barreiras são construídas
Mas iremos destruí-las
Aquele sonho feliz ao teu lado
Será realizado
Tuas lágrimas secarei todas
Para que um dia esses olhos brilhem de alergia
Livre de mim
Tão cedo não vai está
Ao seu lado
Sempre estarei
Um problema ambulante
Jamais será
Um poço de amor irá ser
E dessa água sempre irei beber
E de mais nenhuma
Você é meu poço
Só você mata minha cede
Daniel Donatelli
Tempo, tempo
O quê quer de mim?
O quê quer de nós?
O quê quer tirar de nossas vidas?
Pra quê tanto tempo de espera?
Pra quê tantas barreiras?
Pra quê essa dor?
Não aguento esperar
Não quero espera esse tempo
Que me consome
Quero mata esse tempo que me mata aos poucos
Esse tempo que nos obriga
A pensamentos brutais
Tempo importuno...